Luis Carlos de Arapey (1921 - \o/ ) Livros Publicados: Poemas do Tempo Frágil Rio, 1951 O Dia Sobre o Rio S.P., 1961 Poemas Inspirados Em Música S.P., 1971 Poemas Inéditos PoA., 1981 Poemas Inéditos PoA., 1991 Remembranças PoA., 1991 Poemas de Arapey PoA., 2001

domingo, 12 de julho de 2015

Homenagem de Carlos Callage Filho ao Poeta de Arapey

Neste vídeo o Poeta De Arapey lê um poema-homenagem feito por Carlos Callage Filho, seu amigo de boas charlas. Escrito no início de 2015.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mensagens dos amigos

Juarez Prado Córdova: "O meu grande amigo saiu desse planeta para visitar seus antigos amigos de poesia. O Poeta da Integração do Conesul está ao lado de Mário Quintana, Iberê Camargo, de Artigas, de Cervantes, de Neruda, de Lindolfo Bell, Paulo Osório Flores, dentre outros.
Sua "Ventana" se abriu para "el Cielo", pois DEUS o chamou.
Asta Siempre, Amigo Poeta De Arapey. Ilumine os nossos caminhos.
Amém." Juarez Prado Córdova 13.06.2015


Ricardo Augusto Godoy Frazão: "...A ...certeza de que aprendi  e tenho que colocar em
prática ao menos uma parte do que me passou o Grande  Arapey. Meu
Amigo e Mentor... a linha de pensamento que me parece o mais adequado para
uma vida próxima do que realmente tem valor. Sempre vou deixar minha ventana aberta para a VIDA e talvez eu consiga ver o azul." Ricardo Augusto Godoy Frazão 20.06.2015

domingo, 21 de junho de 2015

Obituário no jornal Zero Hora

Abaixo, o texto enviado à redação:



Luiz Carlos Esteves Corrêa, o poeta bilíngue Luis Carlos de Arapey, faleceu em 12 de junho aos 94 anos de idade, em Nova Petrópolis/RS. Deixou, além da esposa, dos 3 filhos e 4 netos, uma obra e um exemplo como poucos.
Sua poesia é reconhecida por intelectuais, críticos, poetas e escritores do porte da imortal Lygia Fagundes Telles:

“Poeta Luis Carlos de Arapey: Acabei há pouco a leitura de seu livro “Poemas do Tempo Frágil”. E devo lhe dizer que este é, sem dúvida alguma, um dos melhores dos muitos livros de poesias que tenho lido ultimamente. “Naufrágios” e “Antecipada Morte”, são, por exemplo, dois poemas belíssimos.
“Meditación en la tarde de Viento” é um poema dotado também de grande força inspiradora. Muito grata pela bela lembrança.
Cordialmente, Lygia Fagundes Telles. S. Paulo, 20-6-1951."

Amigo do jurista e ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto Pinto, de Mário Quintana, Paulo Osório Flores e tantas outras personalidades e convivendo com valorosas amizades, sempre preferiu a discrição, não fazia questão de maior projeção.

A obra do poeta Arapey, dentre as diversas espécies de gemas da língua portuguesa, representa uma esmeralda.
Não gostaríamos que esta esmeralda fosse confundida com um fragmento de vidro verde, pois é um acervo comparável às grandes obras de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e tantas outras pedras preciosas da poesia latino-americana.

Mensagem de Almir Pazzianotto Pinto

O ex-ministro, juiz e advogado Almir Pazzianotto Pinto escreveu:
"...receba o meu abraço de pesar e solidariedade pelo falecimento do querido amigo Luís Carlos Esteves Corrêa, a quem conheci como Arapey, poeta inspirado, sensível, e grande patriota.
Como sabe, há muitos anos não nos víamos, mas a amizade permaneceu sempre intocada. Conversávamos  quando eu tinha escritório no centro de São Paulo, na Rua Bráulio Gomes, e por ali ele transitava a caminho do trabalho, com permanente sorriso nos lábios.
Era homem tranquilo, mas firme nas convicções em favor do regime democrático.
Lamento demais. Trata-se de outro amigo que parte e deixa saudades.
Almir Pazzianotto Pinto"

domingo, 14 de junho de 2015

Poema lido pela filha no funeral do Poeta



Ainda foi lido o poema "Aqui" de 1985, que nos dá uma dimensão de sua visão poética, filosófica - e espiritual, que transcende a passagem da vida.
Acreditamos que leitores de todos os credos e de visão terão a mesma compreensão do significado de nossa existência:


sábado, 13 de junho de 2015

Hasta Siempre, Poeta Querido.

Ontem, 12/06, às 22 horas, a tua "ventana" se abriu para as estrelas mais brilhantes que tu vais mirar en el cielo.

Lembre-se que os teus poemas não te pertencem mais, 
pois eles já tem vida e continuam a 
embriagar nossos corações 
com o tuas "Canciones de Amor a La Vida".

Sí poeta, todavía hay laureles rosas en el cielo. Ellos te esperan en la orilla izquierda de nubes, para que usted duerma en sus sombras y sonhes sus sueños más venturosos.

Recuerde que su trabajo se continúa.




sábado, 10 de janeiro de 2015

Poema lento para el funeral de una roca

Tortura persistiendo en la roca
mojada de mar y recuerdo.
Por incontables años
lleva guardado el secreto
de lo que fue su vida,
no interrumpiendo los besos muertos
en la arena de sus cabellos
Quedamente la ola perpetúa su carícia fria
en el rostro perfumado de durazno y de sol.
Mágica belleza que desfila
adentro del sueño extático
en abierta pupila.
Sonríe de la muerte
la boca apasionada
y muerta.
Vá consumiendo la roca
el constante vuelo
del ala elegida.
Victoria alcanzada en si misma
por el sacrificio desmesurado
de ser aspiración e inmobilidad.
Se extiende la noche
con dorados reflejos
de estrellas Y luciérnagas
Y la roca
sola
ahogándose.


Fonte: Pinto, A; Araújo, R; Colares, C. Antologia de poetas da nova geração, PONGETTI, Rio de Janeiros, 1950, p. 125-126.

Observação: Este poema obteve grande reconhecimento pela crítica da época. 

Arapey

Arapey
Luis Carlos De Arapey o Poeta da Integração do Conesul