
Na atmosfera vesperal
suspensa
última luminosidade
com a alma do dia esfriando.
A brisa atravessou o rio
e veio às amigas praças
porto-alegrenses
povoadas de pássaros
e do riso de seus pequenos habitantes.
Aqui mesmo
há todo universo de lembranças,
porém, tão real o refúgio
no alto desta colina histórica,
que nem lágrimas faltam,
com imagens apagadas.
Eloqüentes contrastes.
Tudo que se vê ainda
na vagarosa despedida
de um dia de primavera.
Na borda da noite
o caminhante solitário.
11 de outubro de 1976.
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