Outra comovente mensagem que recebemos de um grande amigo do poeta Arapey que trabalhou com ele em São Paulo:
Meu nome é Adelson Lima de Oliveira, desde
1963 convivi muitos anos com seu pai, o poeta Luiz Carlos Esteves Corrêa ou
Luiz Carlos de Arapey.
Hoje moro em Niterói no RJ. Peço-lhe desculpas por estar
lhe contatando, mas há muitos anos procurava alguém me que desse uma luz para
contatar o "Seu Corrêa".
Sempre o tratei assim. Finalmente, há alguns dias,
através de um amigo comum Paulo Galletta, que já lhe contatou em algumas
oportunidades, tive a felicidade de saber do seu contato, por isso estou tomando
essa liberdade. Conheci o Seu Corrêa (ou Mestre como também o chamamos) no ano
de 1963 quando entrei na empresa como office-boy com 15 anos de idade. Hoje
estou com 69 anos. Convivi longos anos com essa pessoa maravilhosa que aprendi a
gostar, ou amar para ser mais objetivo.
Naquela idade, eu, o Paulo Galletta e
todos os office boys éramos "macacos de auditório" do Mestre poeta,
pela sua generosidade em tratar a todos aqueles iniciantes na vida profissional
com extrema receptividade, dando-nos a "custo zero" toda a sua sabedoria,
honestidade, vivência e maturidade.
Ele ajudava a forjar aqueles garotos em
homens de futuro.
Eu particularmente fui um privilegiado. Em razão das nossas
funções, durante anos trabalhamos em uma sala isolada dos demais funcionários e
em mesas contiguas, o que nos aproximou muito. Nosso dia a dia, apesar da
diferença de idade, nos tornou muito unidos e tínhamos uma admiração mútua.
Nossas confidências eram diárias.
Conhecia você de nome, até porque Clara é
também o nome da minha mãe e ele falava muito de vocês.
Fui sim um privilegiado,
pois essa nossa comunicação diária me propiciou ser o leitor em primeira mão das
suas poesias manuscritas em qualquer papel, caderneta, cartão, jornal ou
qualquer outro meio que pudesse registrar os seus poemas.
Eles brotavam a
qualquer momento e onde estivesse os registrava. Muitas foram as vezes em que,
voltando da rua, depositava esses manuscritos em minha mesa e nada dizia,
esperando que eu os lesse e comentasse.
Não sou um felizardo?
Luis Carlos de Arapey (1921 - \o/ ) Livros Publicados: Poemas do Tempo Frágil Rio, 1951 O Dia Sobre o Rio S.P., 1961 Poemas Inspirados Em Música S.P., 1971 Poemas Inéditos PoA., 1981 Poemas Inéditos PoA., 1991 Remembranças PoA., 1991 Poemas de Arapey PoA., 2001
sábado, 8 de abril de 2017
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Um comentário:
Prezado Adelson Lima de Oliveira: é com muita felicidade que li o seu relato acerca de nosso amigo comum, o Poeta De Arapey. Obrigado pela fidelidade de detalhes e profundidade de sentimentos. Eu avalizaria suas palavras, pois também conheci Arapey e sei que ele era bem assim: um grande amigo e grande homem.
Espero que tudo esteja bem com vocês e sua família.
"Saludos" desde Pomerode/SC e "siempre con Artigas".
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